domingo, 20 de dezembro de 2009

Agência Brasil - Polícia do Rio faz operação contra milícia supostamente ligada a vereador - Segurança

 
18 de Dezembro de 2009 - 12h35 - Última modificação em 18 de Dezembro de 2009 - 12h35


Polícia do Rio faz operação contra milícia supostamente ligada a vereador

Thaís Leitão
Repórter da Agência Brasil

 
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Rio de Janeiro - Cerca de 50 policiais da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) fazem hoje (18), no Rio de Janeiro, a segunda parte da Operação Perfume de Gardênia, para desarticular a milícia que atua na comunidade Gardênia Azul, em Jacarepaguá, zona oeste da cidade, supostamente comandada pelo vereador Cristiano Girão (PMN), preso ontem (17). Os agentes, que contam com o apoio de policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Polinter, cumprem nove mandados de prisão e 25 de busca e apreensão.

O parlamentar, que foi detido na Câmara Municipal, é acusado de comandar um grupo paramilitar que atua na região. O pedido foi feito pelo procurador-geral de Justiça do Rio, Claudio Soares Lopes.

Depois de cerca de dois anos de investigações que envolveram o Núcleo de Combate ao Crime Organizado e o Laboratório de Combate à Lavagem de Dinheiro, ligados ao Ministério Público Estadual, em parceria com a Draco, a polícia teria conseguido reunir provas do envolvimento de Girão em crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Cristiano Girão foi eleito em 2008 com mais de 10 mil votos e assumiu o cargo este ano. Em 2007, o então vereador Jerônimo Guimarães (PMDB), conhecido como Jerominho, também foi preso durante uma operação da Polícia Civil, acusado de chefiar a Liga da Justiça, milícia que explorava o transporte alternativo em Campo Grande, zona oeste do Rio.

A Constituição Federal garante imunidade parlamentar a deputados federais e estaduais, além de senadores, mas não aos vereadores. No caso dos integrantes das Câmaras Municipais, o benefício limita-se a atuação parlamentar; ou seja, os vereadores só não podem ser processados por crime de calúnia, difamação e injúria, manifestações produzidas verbalmente em plenário. Para outros crimes, o parlamentar pode ser processado na Justiça Comum.



Edição: Talita Cavalcante  


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