segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Agência Brasil - Manifestantes protestam contra mortes de inocentes e inauguram placar da violência no Rio - Segurança

 
26 de Julho de 2009 - 21h47 - Última modificação em 27 de Julho de 2009 - 07h15


Manifestantes protestam contra mortes de inocentes e inauguram placar da violência no Rio

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil

 
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Rio de Janeiro - Vestidos de preto, com máscaras no rosto e cruzes nas mãos, cerca de 150 manifestantes ocuparam parte da areia de Copacabana, zona sul da cidade, para protestar mais uma vez contra as mortes violentas no Rio.

Ao lado do placar com os números de apoio à Cidade para sediar as Olimpíadas de 2016, outro cartaz foi exposto: com os números das vítimas da violência no Estado do Rio, baseados em dados do Instituto de Segurança Pública (ISP).

Desde Janeiro de 2007, mais de 17 mil pessoas morreram por atos violentos, 14.087 por homicídio doloso, 72 policiais mortos em combate e 2.814 pessoas mortas em confronto com a polícia.

O diretor executivo do Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, afirmou que o placar será apresentado mensalmente naquele ponto da Praia para informar a população e encorajar maior participação social na luta contra a violência.

“Hoje, este lugar tornou-se nossa Praça de Maio. Para cá chamamos a sociedade civil para protestar, pressionar nossas autoridades a darem respostas às nossas perguntas com relação à segurança pública, que deve acima de tudo garantir o direito à vida”.

Familiares e amigos do advogado Bolívar Souza da Silva, de 45 anos, e do menino William Moreira da Silva, de 11 anos, mortos por arma de fogo no último final de semana no Rio, participaram da manifestação.

O presidente da Associação dos Moradores de Parque São José, em Barros Filho, Francisco Costa, queixou-se da "truculência" da polícia em sua comunidade, onde William foi morto por bala perdida enquanto soltava pipa.

“Exigimos respeito das autoridades. Quando a polícia sobe na comunidade, trata seus moradores como bandidos, chegam atirando e pondo em risco vidas de pessoas inocentes. O que aconteceu com nosso menino William é um exemplo disso”.

Antônio Carlos elogiou o fato de o governo do estado haver determinado uma meta de redução de 11% no índice de homicídios dolosos até dezembro, porém criticou a falta de uma política de segurança pública eficaz.

“Ainda não foi apresentada à população a estratégia que será utilizada: quanto haverá de investimento, quando, quais serão estes investimentos, como o governo pretende aumentar controle sobre a ação policial, por exemplo”.

Edição:João Carlos Rodrigues / Matéria alterada para acrescentar informações  



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