Confronto entre traficantes deixa três pessoas feridas na zona oeste do Rio
Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os moradores da Vila Kennedy, comunidade que fica às margens da Avenida Brasil, na zona oeste da cidade, foram acordados na madrugada de hoje (01), por volta das 4h, por uma intensa troca de tiros entre traficantes de facções rivais. O motorista de uma van, que ficou no meio do fogo cruzado, foi atingido na barriga, e uma passageira levou um tiro de raspão nas nádegas.
Os dois foram socorridos por um motorista que passava pelo local e levados para o Hospital Estadual Albert Schweitzer, em Realengo. O homem, identificado como André Luiz de Souza Pereira, de 33 anos, foi operado e seu quadro de saúde é estável. A mulher, Jaqueline da Cunha Venâncio, de 27 anos, foi medicada e liberada.
Policiais militares do 14º Batalhão (Bangu) foram chamados e, ao chegar, também se envolveram no tiroteio, que cessou com o amanhecer do dia. Segundo eles, traficantes da Vila Aliança, em Bangu, tentaram invadir a Vila Kennedy para assumir os pontos de venda de drogas da localidade.
A Polícia Militar (PM) reforçou o patrulhamento na Vila Kennedy e, de manhã, garantiu que feirantes montassem suas barracas na praça central da localidade. O clima era de aparente tranquilidade, mas, no final da manhã, nova troca de tiros assustou os moradores. Um adolescente, de 15 anos, que estava no portão de casa, foi atingido na coxa esquerda por uma bala perdida. Ele foi levado para o Albert Schweitzer e está em observação.
De acordo com o comando do 14º Batalhão, várias viaturas estão na Vila Kennedy para impedir novos confrontos. No início da tarde, um ônibus e um carro de passeio foram incendiados pelos traficantes. Ninguém ficou ferido.
Há duas semanas houve um intenso tiroteio durante uma tentativa de invasão de traficantes do Morro São João, no Engenho Novo, ao Morro dos Macacos, em Vila Isabel, ambos na zona norte do Rio. A PM interveio e um helicóptero da corporação foi abatido a tiros. Três policiais morreram queimados. Três moradores da comunidade que não tinham envolvimento com o tráfico de drogas e 35 supostos bandidos também morreram nos confrontos. Pelo menos oito ônibus foram incendiados.
Edição: Nádia Franco
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