terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Agência Brasil - Deputado nega ter determinado fim de CPI que investiga corrupção no DF - Corrupção

 
25 de Janeiro de 2010 - 17h14 - Última modificação em 25 de Janeiro de 2010 - 17h56


Deputado nega ter determinado fim de CPI que investiga corrupção no DF

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil

 
envie por e-mail
imprimir
comente/comunique erros
download gratuito

Brasília - O deputado Alírio Neto (PPS) negou hoje (25), em plenário, que tenha determinado, na última quinta-feira (21), o fim da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o suposto esquema de corrupção no Distrito Federal. Alírio disse que encerrou apenas os trabalhos daquele dia. Segundo ele, as notas taquigráficas e as gravações da sessão comprovam sua afirmação.

"Tenho sido erroneamente atacado pelos órgãos de imprensa. Foi uma decisão efetivamente confusa. Não tenho interesse em colocar nada para debaixo do tapete", disse Alírio.

No dia da sessão, Alírio, presidente da CPI, anulou a comissão alegando que cumpria determinação judicial que pedia o afastamento de distritais, suspeitos de envolvimento no suposto esquema de pagamento de propina, da análise dos processos de impeachment do governador José Roberto Arruda (sem partido) e que também tornava nulo "todo ato deliberativo já praticado, no qual houve a interferência direta ou em que foram computados votos dos deputados que agora terão de ser afastados".

Alírio alegou que os distritais afastados tinham assinado ato de criação da CPI e, assim, a comissão estava anulada, conforme interpretação da liminar. “É só usar um pouquinho de inteligência e perceber, claramente, que a composição da CPI foi baseada no exercício do mandato dessas pessoas”, afirmou o distrital na última quinta-feira (21), após a sessão.

Ainda na semana passada, ao ser questionado por jornalistas se o encerramento da CPI poderia ser visto como manobra da base governista para impedir as investigações do suposto esquema de propina, Alírio respondeu que a “manobra era do juiz”.

No dia seguinte, o juiz da 7ª Vara de Fazenda Pública do Distrito Federal, Vinícius Santos Silva, autor liminar, afirmou que não havia autorizado o fim da CPI. Ele afirmou que sua determinação recaia apenas sobre a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a Comissão Especial, responsáveis por analisar os pedidos de impeachment do governador.

"A decisão está dirigida ao reconhecimento de nulidade dos atos praticados especificamente nas comissões do processo de impedimento do governador. Não encontro possibilidade racional, séria, de se interpretar extensivamente o que decidido para alcançar situações outras, não descritas nos autos", aponta o magistrado.

Alírio foi ainda convocado pela direção nacional do PPS para dar explicações sobre a extinção da CPI.

Dos cinco integrantes da CPI, somente o petista Paulo Tadeu, que faz oposição ao governo Arruda, foi contrário ao fim da comissão durante a sessão da última quinta-feira (21). O parlamentar argumentou que a decisão do juiz não atingia a CPI, pois tratava apenas do impeachment.

Edição: Lílian Beraldo  



Agência Brasil - Deputado nega ter determinado fim de CPI que investiga corrupção no DF - Corrupção

 



 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário