quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Agência Brasil - FGV mostra mudança na percepção sobre violência em locais atendidos pelo Pronasci - Violência

 
15 de Setembro de 2009 - 20h02 - Última modificação em 15 de Setembro de 2009 - 23h24


FGV mostra mudança na percepção sobre violência em locais atendidos pelo Pronasci

Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil

 
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Brasília - O Ministério da Justiça divulgou duas pesquisas de opinião encomendadas à Fundação Getulio Vargas (FGV) sobre a percepção sobre violência entre policiais de todo o país e entre moradores de sete áreas vulneráveis atendidas pelo Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) em Brasília, Maceió, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro e Vitória.

Criado em agosto de 2007, o Pronasci envolve 15 ministérios  e foi implementado no ano passado. A primeira comunidade atendida foi a do bairro de Santo Amaro, em Recife, em dezembro. Hoje, o programa tem ações em 11 regiões metropolitanas.

De acordo com a FGV, nas áreas pesquisadas, “os dados indicam uma melhoria da percepção sobre a sensação de segurança entre os meses de março de 2009 e junho de 2009”. A instituição ouviu 2.850 pessoas.  “A grande maioria acredita que as ações do Pronasci serão capazes de melhorar a situação de segurança”.

O ministro da Justiça, Tarso Genro, comemorou os resultados. Em sua avaliação, a pesquisa de opinião demonstra “reconhecimento da comunidade que o Pronasci melhora a sensação de segurança” e “consciência no aparato policial da importância do programa para mudança de sua atividade”.

Para Genro, a pesquisa também sinaliza “mudança de paradigma” na opinião das pessoas de que apenas o aumento da repressão policial poderá reduzir o problema de violência. “Não podemos criar a ilusão que o simples aumento da força policial e da ação repressiva vai reduzir a criminalidade. Não ocorre isso, até porque, hoje, é simplesmente impossível acompanhar o volume das concentrações no país”.

A opinião sobre a eficácia do Pronasci, no entanto, varia de acordo com a área da pesquisa. Para 76,79% dos moradores de Santo Amaro, em Recife, as ações do programa melhoram a situação de segurança na comunidade. Em Benedito Bentes, um dos bairros mais populosos de Maceió, a avaliação positiva cai para 36%. A margem de erro da pesquisa é de 5 pontos percentuais.

Para a maioria dos entrevistados, a violência e a falta de segurança (4,81%) são menos citadas como “problema mais frequente na comunidade” do que falta de asfaltamento e calçamento (45,3%), falta de saneamento básico (36,14%), existência de terreno baldio (30,56%), falta de iluminação pública (23,96%), falta de ligação de água (16,32%) ou falta de ligação elétrica (7,79%).

Também foi enviado questionário, por correio eletrônico, para 55.533 policiais de todo o país, o que corresponde a 10% do efetivo. A percepção dos policiais sobre a violência é mais crítica: 56,31% deles consideram a situação da segurança pública como “tensa com enfrentamentos ocasionais, mas ainda sob controle”; e 16,15% a avaliam como “crítica e de difícil contenção da ordem”.

Os policiais ouvidos não são apenas das áreas atendidas pelo Pronasci. Entre eles, é minoritária a opinião de que diminuíram casos de assassinato, violência contra a mulher e contra a criança, roubos a domicílio, espancamento e lesão corporal. No caso de ameaça com arma, 37,84% dos policiais afirmam que a situação piorou.




Edição: Lana Cristina  


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