Brasil tem taxa de mortes em acidentes aéreos maior que a média mundial
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Brasil tem uma taxa de acidentes aéreos com mortes quatro vezes maior que a média mundial, de acordo com o relatório divulgado hoje (16) pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O dado mais atual, de 2008, mostra que o índice de fatalidade em acidentes na aviação regular do país foi de 1,76 para cada 1 milhão de voos. A média mundial é de 0,4 acidentes para cada 1 milhão de voos.
Os dados incluem os dois maiores acidentes da aviação civil brasileira, com as aeronaves da Gol, em 2006, e da TAM, em 2007, que mataram mais de 300 pessoas.
A meta da Anac até 2013 é atingir a taxa de no máximo “um acidente envolvendo fatalidade entre os passageiros para cada 1 milhão de decolagens”.
Apesar da média brasileira ser elevada em relação aos números globais, e mesmo em comparação com os vizinhos latino-americanos, a Anac aponta que nos últimos 30 anos a tendência tem sido de queda no número de acidentes aéreos. Em números absolutos, houve uma redução de 31 acidentes fatais em 2007 para 25 em 2008, por exemplo.
Além disso, segundo a agência, o numero de acidentes com mortes se manteve constante. “O fato de se manter constante, mesmo em face de um aumento do número total de acidentes, demonstra melhora no nível de segurança, dado que o número de horas voadas tem aumentado”, diz o relatório.
O relatório contabiliza 900 mortes por acidentes aéreos entre 2000 e 2008, incluindo os acidentes com helicópteros, voos comerciais e aviões particulares.
Edição: Aécio Amado
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