sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Agência Brasil - Sobe para 33 o número de mortes nos confrontos entre polícia e traficantes no Rio - Violência

 
21 de Outubro de 2009 - 20h17 - Última modificação em 21 de Outubro de 2009 - 20h18


Sobe para 33 o número de mortes nos confrontos entre polícia e traficantes no Rio

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil

 
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Rio de Janeiro - O total de pessoas mortas desde do último sábado (17) no Rio já chega a 33, segundo a Polícia Militar. Entre elas, três são policiais militares que estavam a bordo do helicóptero abatido e três jovens que moravam no Morro dos Macacos, em Vila Isabel. Os demais, de acordo com a PM, seriam pessoas ligadas ao tráfico de drogas.

O último balanço da operação diz que hoje (21) mais sete pessoas morreram nos confrontos, duas ficaram feridas e 17 foram presas. Também a polícia apreendeu 12 armas de diversos calibres, além de munição e carregadores.

As operações foram deflagradas no começo da manhã em várias favelas cariocas. Uma das principais ações ocorreu na Vila Cruzeiro, na Penha, que foi ocupada por cerca de 100 policiais militares. Durante o confronte com os traficantes, duas pessoas que não teriam envolvimento com o crime foram atingidas por balas perdidas.

O estudante José Carlos Júnior, de 18 anos, foi baleado na barriga, em frente de uma escola. Ele foi levado para o Hospital Getúlio Vargas e operado. O pai do estudante, José Carlos Guimarães, fez um protesto em frente ao hospital, segurando um cartaz contra a política de enfrentamento do atual governo.

“O meu filho não é bandido, não tem envolvimento com nada. Mandar a polícia vir com o caveirão (veículo blindado), sem distinguir A ou B é muito fácil. É para dar satisfação para quem mora na Barra e em Copacabana”, afirmou José Carlos, que afirmou não saber de onde partiu o tiro que atingiu o filho.

A outra vítima do tiroteio na Cruzeiro foi Marcelo da Cruz, de 30 anos. Ele tinha ido à padaria quando foi baleado de raspão na cabeça. A aposentada Anerita Maria da Cruz, mãe de Marcelo, seu filho não tem qualquer envolvimento com o crime. Cansada de tanta violência, ela disse que gostaria de deixar a favela.

“Estou muito revoltada. Só não saí de lá porque não tenho para onde ir. Sou viúva e ganho um salário mínimo. Mas se eu pudesse vender a casa do dia para a noite, já tinha saído”, afirmou.

Também ocorreram operações policiais com vítimas no Morro do Juramento (três mortos), na Favela Santo Amaro, no Catete (dois mortos),  no Morro Fallet, em Santa Teresa (um morto), e na favela da Mangueirinha, em Duque de Caxias (um morto).




Edição: Aécio Amado  


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