sexta-feira, 31 de julho de 2009

Agência Brasil - Plano Estratégico de Defesa Nacional será lançado amanhã - Cibercrimes

 
17 de Dezembro de 2008 - 23h26 - Última modificação em 18 de Dezembro de 2008 - 09h08


Plano Estratégico de Defesa Nacional será lançado amanhã

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil

 
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Brasília - O resultado do trabalho de 15 meses do comitê interministerial criado para elaborar o Plano Estratégico de Defesa Nacional será conhecido amanhã (18). O documento que estabelece diretrizes e ações de médio e longo prazo para reformular e dinamizar o setor será lançado durante solenidade que acontecerá no Palácio do Planalto, em Brasília, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo a assessoria do ministério da Defesa, a Estratégia Nacional pretende modernizar a estrutura nacional de defesa atuando em três eixos estruturantes: reorganização das Forças Armadas, reestruturação da indústria brasileira de material de defesa e a composição dos efetivos do Exército, Marinha e Aeronáutica.

Na exposição de motivos apresentada ao presidente Lula, o ministro da Defesa e presidente do comitê interministerial, Nelson Jobim, e o ministro de Assuntos Estratégicos e coordenador dos trabalhos, Mangabeira Unger, explicam que a reorganização das três Forças depende da redefinição do papel do Ministério da Defesa.

Os ministros também relataram a necessidade de que sejam indicadas claramente as diretrizes estratégicas para cada uma das Forças, além de especificar a relação entre elas. Três setores decisivos para a defesa nacional seriam o cibernético, o espacial e o nuclear.

Em relação à reestruturação da indústria nacional, o principal propósito, ainda segundo o Ministério da Defesa, é assegurar que o Brasil detenha o conhecimento tecnológico necessário para fabricar os equipamentos de que suas tropas necessitem.

A proposta do último eixo, a composição das tropas militares, é manter a obrigatoriedade do serviço militar inicial para os homens e zelar para que as Forças Armadas reproduzam, em sua composição, a estrutura da sociedade brasileira. Há planos de criar o serviço social civil voluntário, ao qual poderiam se incorporar homens e mulheres.

Em setembro, ao conceder entrevista à Agência Brasil, Mangabeira garantiu que o alistamento permaneceria obrigatório. Para o ministro, a extinção da obrigatoriedade faria com que apenas jovens pobres levassem a se alistar, motivados pelo soldo, o que, de certa forma, ele reconheceu já acontecer e reprovou.

“Hoje, o sistema funciona da seguinte forma. No papel, é obrigatório. Na realidade, é voluntário e serve quem quer”, disse Mangabeira.

“Entendemos que a garantia mais profunda de defesa de nosso país é a identificação da Nação com suas Forças Armadas, e não que apenas uma parte dos brasileiros receba [soldos] das demais partes para defendê-las. Em uma sociedade tão desigual quanto a nossa, o serviço militar obrigatório funciona como um nivelador republicano, um espaço no qual a nação pode se encontrar acima das classes sociais”, afirmou.

Até o momento, não foi divulgado quanto de recursos será necessário investir para implementar a Estratégia Nacional. Na mesma entrevista, Mangabeira disse à Agência Brasil que o plano “não é uma resposta conjuntural a problemas pontuais, nem uma espécie de triagem de pedidos e solicitações feitas pelas Forças Armadas”.

Foram convidados para a cerimônia os comandantes das três Forças, entidades representativas da indústria de defesa, empresários, líderes sindicais e representantes do mundo acadêmico, principalmente das instituições envolvidas ou que serão convidadas a se envolver em pesquisas tecnológicas vinculadas à Defesa.




 


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